terça-feira, 24 de agosto de 2010

E segue a faxina:

Em um pouco mais de dez dias no comando técnico do Grêmio, Portaluppi começa a botar as mangas de fora, e inicia a faxina que tanto se fazia necessária no vestiário tricolor, já foi o Rodrigo, e ontem foi a vez do Hugo, que voltou para POA só por falta de opção, e nunca honrou a camisa que vestiu. Foi vendido pro Al Whada, e tomara que lá ele seja útil, pelo menos eliminando os “coloridos” do mundial.
Mas o que toda essa movimentação me mostra é a tremenda falta de planejamento da direção do Grêmio, onde está a diretoria que só contratava jogadores com o perfil gremista? Parece que nos últimos anos mudaram os critérios, e o Grêmio passou de um clube que era copiado pelos outros clubes do país, para um clube que copia, e ainda por cima contrata as sobras desses clubes achando que fez ótimos negócios.
Já passou da hora de resgatar o velho perfil de jogo gremista, perfil que deixou o Grêmio mundialmente conhecido, e para isso precisamos repensar as contratações no ano que vem, precisamos de jogadores que deixem a alma dentro de campo, e que não se conformem com resultados que não sejam a vitória.
Esse perfil de jogador sempre se confundiu com a própria história do Grêmio ao longo dos anos, e está na nossa casamata um desses exemplos: Renato Portaluppi, e passando por De Léon, Dinho, Adilson, Rivarolla, jogadores que sempre deram a vida pelo clube, e que até hoje se dizem gremistas, e é esse tipo de perfil de jogador que eu sinto falta no time do Grêmio, e não é só por que estamos nessa situação incomoda na tabela, que precisamos de jogadores desse tipo, um clube que quer voltar a ser campeão precisa de jogadores que queiram vencer junto com o clube, que lutem até o apito final quando estiverem diante de um resultado adverso, caso contrario vamos passar ano após ano, tendo que dispensar no meio de temporada mercenários como Hugo e Rodrigo, que só querem saber de forrar o bolso deles, e buscar um clube que pague mais no ano seguinte.
Pra esse ano o que temos é isso, garantir uma vaga na Sulamericana, e com um esforço digno de campeão, quem sabe, garimpar uma vaga na Libertadores, pra no ano que vem, quem sabe com uma direção mais qualificada, reforçar CORRETAMENTE o grupo, e batalhar os títulos que a torcida tricolor tanto merece.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Renato Portaluppi: "Nunca vou deseja boa sorte pra eles"

Entrevista Renato Portaluppi:

Nessa entrevista Renato fala da emoção em voltar pro Grêmio e ainda cutuca os moranguinhos sobre a final da La 2010.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Como é bom ser Gremista:


Alguns de vocês devem estar pensando que sou um louco em escrever um post com esse titulo em plena crise que estamos atravessando, mas o titulo acima, nada mais é que a expressão de um sentimento que me bateu essa semana, todos os acontecimentos dos últimos dias me remeteram aos primórdios da minha vida de torcedor, fizeram me lembrar lá da década de 80, enquanto dava meus primeiros passos, e meu padrinho (um colorado fanático) me presenteava com uma camisa do inter, eu devia ter uns três anos de idade nessa época, inclusive até essa idade ele me dizia para eu ser colorado (e criança é bem influenciável), mas só passei por esse fato lastimável, para demonstrar que ser gremista é uma escolha, e foi uma das mais acertadas que fiz na vida, me lembro de quando nessa mesma época, meu querido avô (um gremista alucinado), já falecido, se mudou de uma cidadezinha do interior para a cidade de Esteio, e nessa mudança vi uma coisa que me deixou maravilhado, um quadro lindo, com o símbolo do Grêmio, comemorando o titulo mundial de 83, com a frase acima do escudo tricolor: “Campeão Mundial”, na hora aquele quadro me chamou atenção e perguntei para meu avô: como um time podia ser campeão mundial? (naquela idade na minha cabeça, só uma seleção poderia realizar tal feito). Então meu avô começou a contar as historias ainda recentes, das conquistas da libertadores e do mundial de 83, fiquei fascinado e a partir daquele momento (com uns 4 ou 5 anos) escolhi o clube para quem iria torcer para o resto da minha vida.
Lembro-me das primeiras conquistas que comemorei; a copa do Brasil de 89, a de 94, e as maiores glórias que um Gremista poderia imaginar: ver seu time ganhar uma Libertadores em 95, me lembro que nesse mesmo ano, a maior alegria daquele meu padrinho colorado, foi a eliminação (de cabeça erguida) do Grêmio, no mundial, e nos pênaltis, para o excelente time do Ájax, que era a base da seleção holandesa, que conhecemos em 94.
Mas deixa estar, coisas muito boas aguardavam o Grêmio, como o campeonato Brasileiro de 96, quando os colorados acabaram com os estoques de foguetes no primeiro jogo da final, mas viram um Grêmio imortal ressurgir das cinzas, aos trinta e poucos do segundo tempo, e tiveram que engolir a seco mais um titulo para nossa sala de troféus, e não parou por aí, tivemos mais dois títulos nacionais, em 97 e 2001, títulos que deviam arder mais que pimenta nos olhos dos torcedores vermelhos, torcedores esses que acham que são o melhor time do mundo, por que começaram a ganhar títulos agora, me sinto como um irmão mais velho acostumado a “passar o rodo” na zona, vendo o irmão mais novo, que perdeu a virgindade a pouco, querer se vangloriar do feito.
Buenas, ainda não falei qual o fato me fez lembrar dessa história, o fato é a volta de Renato Portaluppi, toda essa história não teria existido se ele não tivesse dado um balão pra dentro da área do Peñarol, para a cabeçada do Cezar, e se ele não tivesse carregado o time inteiro com aqueles dois gols na final do mundial contra o Hamburgo, Renato faz parte das lembranças mais agradáveis da nação tricolor, e dos piores pesadelos, dos vizinhos lá do aterro, afinal, amargam a mais de vinte anos, um outdoor, saudando os vizitantes de Poa com a inscrição:Bem vindos a terra do campeão do mundo. Talvez por isso esse pavor repentino com a chegada dele.
Se não fosse ele muitas histórias teriam um gosto muito mais amargo hoje, e é por acreditar que com a volta desse eterno ídolo, também irão voltar as grandes conquistas, por que o mais importante dos feitos ele já fez na terça feira, dizendo "sim" para toda a nação tricolor, e resgatando esse orgulho de ser Gremista que estava guardado lá no fundo do nosso coração.
Saudações tricolores (e com muito orgulho)!!!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Portaluppi voltou:

Li esse texto hoje de manhã, no blog do Grêmio, do globo.com, e ele reflete tanto o sentimento Tricolor em relação a volta do seu eterno ídolo, quanto o sentimento de pavor que a outra metade do estado esta com a volta de Portaluppi, que resolvi publica-lo neste espaço também:

"Ele é o cara, sabe disso e tu também.

De padeiro em Guaporé à campeão de tudo no futebol, Renato ralou o que podia e não podia. Não comeu literalmente o pão que o diabo amassou porque apareceu alguém para lhe pagar um pastel com refri quando chorava de fome no juvenil do Grêmio. Não é uma história muito diferente da maioria dos boleiros que ganham fortunas às custas do nosso fanatismo. O que destoa a carreira de Renato dos demais é justamente aquilo que mais irrita seus desafetos: Renato não se tornou mais um joãozinho-do-passo-certo com chuteiras de ouro Sete Léguas (as únicas que trabalham muito e não abrem o bico).
Preferiu não seguir o senso comum de entregar sua alma e personalidade como pagamento ao sucesso. Renato chegou lá, mas nos poupa de pregar a moral de cuecas por causa disso. Nunca pagou dízimo aos bispos foragidos da Igreja Renascer, nunca ofereceu gol às criancinhas do Brasil e nem sequer creditou à Deus suas buchas. Fez tudo ao contrário: gastou uma boa grana em noitadas (não sem antes ajudar aquele cara do Pastel quando este precisou), oferecia seus gols à mulherada e destroncou os alemães com suas próprias pernas. Enfim, assim como um xará seu, provou pra todo mundo que não precisava provar nada pra ninguém.
Só que no país do “entrar em campo buscando o resultado positivo sempre respeitando o adversário e seguindo as ordens do professor”, atitude e autenticidade é um pecado capital, encarado com a mesma perplexidade de uma beata tricoteira ao ver uma perna de fora no intervalo de sua novela. Bastou Renato perder uma final de Libertadores de forma muito mais honrosa do que muitos ganharam, transformando um time faceiro em copeiro apenas motivando-os como homens e não como ovelhas, para que àqueles que estavam escondidos atrás dos armários saíssem travestidos de defensores da moral e dos bons costumes, atribuindo a derrota ao que entendem por arrogância e prepotência.
Aqui na aldeia, como não poderia ser diferente, o deleite por parte de 30% da população na perda da Libertadores foi ainda maior. Renato é a personificação de décadas de sofrimento que esta parcela passou ao encarar aquelas imagens de tókio como se fossem pimenta nos olhos. Um sentimento que não terminou nem com uma conquista parecida, já que esta veio de forma tão diferente que se proíbem até de cultuar o responsável por ela.
Renato é o cara e sabe disso, assim como todos sabem. Muitos não admitem, afinal ele tem suas cores clubísticas e não esconde de ninguém. São as cores do Grêmio. Tão vencedor, e por isso odiado, quanto Renato. Estarão juntos novamente, num futuro não muito distante. Esta eminência é o pior pesadelo que o resto pode ter. Que aproveitem o atual momento enquanto podem".

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O retorno da lenda:


Em poucas horas o Grêmio irá apresentar um nome que comandará o vestiário do Olímpico nos próximos meses, e segundo diversas fontes já noticiam, esse nome será o de Renato Portaluppi, o eterno ídolo gremista voltará ao clube que ele levou até o topo do mundo, claro que numa missão menos gloriosa, mas cheia de simbolismos, Renato praticamente se atirou para treinar o Grêmio, em duas oportunidades, nas demissões de Roth e Autuori, a direção foi contra, diziam que queriam um técnico experiente, campeão e etc., acabaram trazendo Silas, que nunca foi um nome com os requisitos que a direção tanto exigiu só que agora a situação mudou de figura, o Grêmio não conseguiu engrenar depois da copa, e estamos em situação delicada no campeonato nacional, mas, como dizia meu avô: “Há males que vem para o bem”, essa situação serviu para a presidência do Grêmio, enxergar que estava nadando contra a maré contrariando o torcedor que participa e quer ver o Grêmio no seu lugar de costume: o topo das tabelas; demitiu (aleluia!) o displicente Luis Onofre Meira, diretor de futebol, e o Técnico Silas, que mostrou mais uma vez domingo, que não tinha voz de comando sobre o time.
E como eu disse mais acima, Portaluppi chega com uma missão cheia de simbolismos, pois a diretoria acabou mudando radicalmente de critérios, desistiram de contratar técnicos experientes e optaram por trazer um ídolo, que volte a deixar em sintonia, clube e torcida, um ídolo que vai chegar querendo ver os jogadores suando sangue, e que deixara até seu ultimo pingo de suor dentro de campo para fazer o Grêmio renascer nesse campeonato, nos últimos messes de mandato, o Presidente Duda, até que enfim, teve uma decisão acertada, e que a nossa eterna lenda viva, como jogador, possa se tornar uma lenda também na casa-mata do Monumental, é o que todos esperamos.
Saudações tricolores!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Canelinha, o rei do empate:

Certa feita, em um fim de semana, resolvemos eu e um grupo de amigos, organizar um torneiozinho de futebol no Playstation pra descontrair, e jogando contra eles e também analisando os jogos de meus futuros adversários, pude notar uma peculiaridade em um deles. Ele não servia para um jogador ruim, mas também não era um craque, poderia ser chamado de um jogador normal; mas a peculiaridade não era essa, e sim o fato de todos os jogos dele terminarem do mesmo jeito: empatados.
Não fazia diferença se ele estava jogando com o craque do vídeo-game, ou com o pior jogador, o resultado era sempre o mesmo, e comecei a prestar atenção nos jogos dele e ver o que acontecia, e notei que a eficiência que ele tinha para buscar um resultado adverso contra um dos melhores jogadores, se transformava em ineficiência contra os piores, do mesmo jeito que ele achava um golzinho salvador aos 45 do 2° tempo em jogos complicados, ele pecava em finalizações claras, em jogos fáceis.
Daí algum de vocês pode me perguntar e o que isso tem a ver com essa coluna?
Bom, assistindo os últimos jogos do Grêmio, pude notar que o time esta com essa mesma peculiaridade, que enxerguei no meu amigo Canela (é só um apelido?!), em jogos difíceis consegue segurar um empate, e em jogos fáceis, não consegue “liquidar a fatura”.
Contra o Cruzeiro, jogamos em Minas, um jogo complicado, o primeiro com o 3-5-2,
Mas saímos na frente e não vencemos por detalhe.
No GRE-nal, pegamos um time meio reserva que parecia que estava treinando a defesa, pois jogaram encurralados o tempo todo, mas apesar da superioridade Gremista, não tivemos qualidade no acabamento final, no arremate a gol, e saímos novamente com 1 ponto.
Ontem contra o Goiás, um adversário que também não esta no seu melhor momento, e por isso esta jogando com a faca nos dentes todos os jogos, o Grêmio conseguiu sair na frente, contando com brilhantes defesas do goleirão Victor (esse sim é bom!), mas não resistiu e cedeu o empate nos momentos finais do jogo, foi um ótimo resultado, mas a vitória poderia ter nos dado a tranqüilidade que está faltando no momento.
O que dizer nessa hora, só me resta colocar em meu time o mesmo apelido que colocamos no Canela: “O rei do empate”, e torcer para que a fase dos empates passe logo, retornando a fase de vitórias para que eu possa chamar meu time novamente de “Imortal”, e é justamente por causa desse apelido que conquistamos que acredito que essa fase esta chegando; acredite também.
Saudações tricolores!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sul-americana a vista:

Apesar dos pesares estou notando que o time do Grêmio finalmente está voltando aos eixos após o intervalo da copa, o esquema 3-5-2 encaixou bem no time, e a equipe jogou bem nos dois últimos jogos, e só não saímos com os três pontos deles, por um acaso do destino, e não podemos deixar de levar em conta que jogamos fora de casa esses dois jogos, um em Minas e o outro no Chiqueirão, o que torna esses resultados positivos, olhando mais para frente. E não podemos deixar de falar também na volta do Souza ao time, um jogador que trará mais opções ao meio campo da equipe, sem falar na qualidade do jogador.
Com tudo isso, iniciamos hoje em mais um torneio, a Sul-americana, vamos jogar contra o Goiás, no estádio Serra dourada, e conforme anunciado pelo técnico gremista, a equipe irá com força máxima para o torneio; torneio esse que neste ano ficou importante, pois da ao campeão uma vaga na Libertadores de 2011, e se por acaso for o tricolor o campeão, estará de volta ao torneio de 2011 o maior campeão do torneio na região sul do Brasil.
Mas mudando um pouco de assunto, a Conmebol está prestes a cometer a maior lambança já feita no futebol sul-americano, pois temos um mexicano na final, o Chivas, um time já classificado para o mundial de clubes em dezembro, e isso significa que quem passar hoje no confronto brasileiro, já estará automaticamente classificado para o mundial, mesmo perdendo a LA de 2010, isso suja, e muito a credibilidade do torneio sul-americano; sempre fui contra ao convite de times mexicanos para jogar a LA, pois eles já participam da liga da Concacaf, a confederação de futebol das Américas central e do norte, e não iria demorar a acontecer uma zebra e um dos times mexicanos chegarem a final da LA, fato que aconteceu este ano.
Mas como já esta decidida o que nos resta é assistir de camarote, a mais um fiasco, de uma confederação de futebol, pois como em 2000, numa lambança da FIFA, o Corinthians se sagrou “campeão do mundo”, sem nunca ter conseguido vencer uma libertadores, e depois da final da LA de 2010, graças a Conmebol, poderemos ter mais um brasileiro figurando nesse seleto grupo de “campeões do mundo sem libertadores”.
Só nos resta lamentar.